O HAARP, sigla para o que em português significa “Programa
de Investigação de Aurora Ativa de Alta Frequência”, começou a funcionar em
1993 no Alasca (Estados Unidos), com o objetivo de, teoricamente, compreender
melhor as atividades de radiofrequência na ionosfera, camada superior da
atmosfera.
A justificativa oficial para a implantação do projeto é a de que, através de um monitoramento das atividades físicas e elétricas da ionosfera, seria possível aperfeiçoar o funcionamento dos sistemas de comunicação e navegação, civis e militares. Para isso, foram instaladas antenas de alta frequência, que enviam ondas para aquecer a ionosfera, para que, a partir disso, sejam realizados estudos sobre os efeitos das mais variadas interações de temperatura e pressão sobre esta parte da atmosfera.
A ionosfera recebeu este nome por que é bastante ionizada,
ou seja, perde e ganha elétrons com muita facilidade, tais atividades elétricas
a deixam sempre carregadas. O principal responsável pela ionização da camada
ionosférica é o sol, que envia muita carga para a Terra, porém raios cósmicos e
meteoritos também são agentes ionizadores.
A densidade variável desses íons apresentam diversas alterações,
de acordo com os padrões temporais, hora do dia e estações do ano. Um outro
ponto de variação da ionosfera é um fenômeno que acontece a cada 11 anos, que é
uma mudança drástica na densidade dos elétrons e na composição da ionosfera, bloqueando
comunicações em alta frequência.
Algumas frequências de onda são quase que totalmente
refletidas pela ionosfera, quando são aquecidas pelos sinais enviados através das antenas da HAARP. Os
estudiosos querem provar que essa reflexão pode ser utilizada como satélite,
enviando informações entre as localidades e, dessa forma, aperfeiçoando os
sistemas de comunicação e navegação, melhorando também o funcionamento dos GPSs utilizados atualmente.
Porém, ainda não se tem uma noção exata das propriedades da
reflexão de ondas na ionosfera, que, por exemplo, se modifica durante a noite,
quando a altitude aumenta e as densidades diminuem, o que dificulta estabelecer
um padrão para o envio das ondas, independente de suas dimensões.
Teorias de Conspiração
O HAARP é o único aquecedor de íons da atmosfera. Há teorias de que exista também um na Noruega e outro na Rússia, todos com o mesmo objetivo,
que é a utilização de antenas para aquecer a camada ionosférica e gerar uma
aurora artificial. Porém essa aurora artificial é muito aquecida, o que pode
causar o aumento nas temperaturas em determinadas áreas do planeta.
O HAARP, bem como grande parte de tudo que é feito pelas
Forças Armadas Americanas, geram desconfiança, principalmente dos que acreditam
em conspirações globais. Sempre surgem questionamentos quanto aos reais
interesses do governo americano em financiar projetos semelhantes ao HAARP.
Seria um passo para avanços tecnológicos ou uma ameaça ao planeta?
A Rússia denuncia
Em 2002 o então presidente da Rússia, Vladimir Putin, apresentou ao mundo documentos que
denunciavam que os EUA estariam produzindo um aparelho capaz de causar
interferências no clima de todo o planeta.
Segundo o relatório entregue ao presidente pelo parlamento
russo, esse seria o passo para uma transição na indústria bélica, que começou
com armas brancas, partindo para armas de fogo, depois armas nucleares e, por
fim, supostamente, armas geofísicas. Segundo a teoria, seria possível interferir
nas atividades tectônicas, temperatura atmosférica e até no nível de radiação
na camada de ozônio, dessa forma seria possível causar destruições em massa nas
variadas localidades do mundo.
Terremotos

O jornal venezuelano “vive” afirma que teve acesso a documentos que comprovam a utilização do HAARP para manipular a geofísica do caribe, causando os terremotos que
ocorreram no Haiti, em 2010, onde mais de 100 mil pessoas morreram.
Mas por que causar tamanha destruição em um país tão pobre?
Os conspiracionistas acreditam que os Estados Unidos Precisavam de um lugar
para testar a “nova arma”, já que os testes em áreas oceânicas não eram tão
eficazes e atacar os inimigos do oriente médio seria um gravíssimo erro
comercial, já que eles são ricos em petróleo.
Bloqueio Militar e mapeamento do planeta
Existem teorias que sustentam a ideia de que os EUA poderiam criar um total bloqueio militar a todos os outros países do mundo, interferindo nas ondas e impedindo a reflexão de frequências pela atmosfera e até mesmo pelos instrumentos de localização que venham a ser utilizados.
Isso seria possível aquecendo a atmosfera através da antenas
da HAARP, que, em uma potência adequada, poderia causar uma escuridão
geográfica em todo o planeta. Sendo assim, apenas quem possui o controle do
sistema de aquecimento ionosférico poderia ter acesso a dados de localização e
navegação de seus veículos militares.
Fala-se também em mapeamento do planeta. Através das ondas
seria possível rastrear toda a superfície da Terra. É claro que não há nada
comprovado, já que, até então, são apenas teorias.
Controle Mental

Os EUA estariam utilizando uma mistura entre ondas de rádio
e frequência sonora, para manipulação coletiva, a fim de que um ideal comum seja seguido. Por meio de envio de informações impossíveis
de serem captadas por aparelhos, mas que estão no ar e podem “entrar na nossa
mente”, como uma mensagem subliminar.
Como toda conspiração, não existem provas de que o governo
americano de fato estaria utilizando o HAARP para a dominação mundial. Mas tais
teorias sempre levantam dúvidas quanto a reais pretensões que podem haver nos
bastidores de um projeto tão audacioso, que pode ter custado
bilhões de dólares. O que há de concreto é que a ionosfera pode sofrer
alterações, porém são desconhecidos os reais impactos que tais transformações
podem causar ao planeta.
Veja essa reportagem de uma emissora brasileira sobre o HAARP:
Gostou? Então curta, comente e compartilhe esta matéria.